sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Os ombros suportam o mundo

Hari ommm tat sat

A vida prossegue...e a prova disto é que mesmo diante das adversidades da vida, das situações caóticas que experienciamos, seja de ordem espiritual profissional ou emocional a vida não para pra vc se recompor. Cabe a nós mesmos decidir; se ficamos e cultuamos o erro a pedra no caminho ou aquela situação que já foi..., ou se optamos por sermos determinados  o bastante para se levantar seguir em frente com a consciência de focarmos no que realmente importa, e extrair o que existe de melhor em cada situação em cada pedra que surgir no teu caminho. 

Calma carma carrrmmma eu sei que a vontade de mandar tudo pra casa do C*R*LH* pro inferno...existe!! que mandar a pessoa ou todo mundo pro inferno também ajuda, mas não vale a pena... seja elegante!! Que isso também passa... O que vale pena é  experienciar da melhor forma possível, seguindo em frente com as pessoas que estão do teu lado, agradecendo sempre... pelo aprendizado e pelos esclarecimentos que o dhama que o universo te proporcionou em forma de problemas, pessoas, desafetos e siga em frente...pois o tempo prossegue...e novos ciclos novos portais, novas pessoas lugares e situações se apresentam diante da gente todos os dias...então desapegar deixar morrer o que já passou é o melhor a fazer. 



Os ombros suportam o mundo 

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram. 
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.


Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança. 
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.


Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.


Poema do meu amigo das horas de responsa Carlos Drummond de Andrade

Post escrito ao som de: 
"Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já"

(Negro Amor - Engenheiros do Havai)




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