terça-feira, 2 de abril de 2013

A Beleza esta nos Olhos de quem vê

Cada pedra que se assenta na estrada que percorremos na vida é a manifestação de uma entre várias possibilidades. Apenas uma. Uma cadeia de eventos levou aquela pedra a se assentar ali naquele lugar, a ter aquele formato, e há também várias de possibilidades de como aquela pedra será usada ou não na caminhada de cada um. Escolhas diferente produzirão efeitos diferentes, nos conduzirão a uma corrente de fatos interligados entre si por uma relação de causa e consequências.


Mesmo que "a escolha" seja uma involuntária e inconsciente omissão, produzirão efeitos diferentes, nos conduzirão a uma corrente de fatos interligados entre si por uma relação de causa e consequência. Nossa colheita depende de nosso plantio.

Com nossas decisões a cada momento vamos desenhando um caminho em um labirinto de possibilidades, ligando os pontos que unem cada parte de uma carta geográfica de acontecimentos por onde nosso barco navega. Este barco navega em um oceano de ações, intenções, aspirações, hábitos, priorizações de objetivos, filtro daquilo que pode vir a ser.

Tudo está sujeito a um ponto de vista,  o olhar define a existência das coisas, fatos e pessoas.
Se você vê sua vida como uma piada, seus dias terão muitos momentos de caminhar por entre os palhaços. Se você vê a vida como obra de arte, naturalmente buscará maneiras de se viver com arte, entremeando cores de encantamento no tecido dos dias, sem uma excessiva preocupação com a utilidade de cada peça no arranjo dos dias.

As pessoas passam pelas mesmas situações com reações diferentes. O que é sofrimento para uma, pode ser um desafio envolvente para outra, que se regozija de estar usando seus talentos, aprendendo. A mesma situação de dificuldade pode ser leve para uma e sofridamente pesada para outra, tão somente pela atitude mental que a pessoa tem no momento em que está vivenciando a situação dificultosa.

A forma como vemos os acontecimentos, como classificamos as pessoas, o uso que reconhecemos ser possível nos recursos de que dispomos, o nosso olhar para tudo isso direciona nossas decisões.
Mas nosso olhar nem sempre está aberto para ver as coisas como elas são. Muito do que vemos é filtrado por lentes do que nos foi incutido, pela criação, pela cultura, pelas experiências que criaram ressalvas, e expectativas, boas e más. Nossa mente repetidas vezes tenta encaixar o novo em categorias, simplificar complexidades para tornar o processo de tomada de decisão mais fácil, mais ágil. Neste ponto  experiências pregressas podem distorcer a avaliação de fatos novos. Não raro, a mente tenta buscar evidências que suportem nossas crenças, para que possamos decretar que o que aprendemos em nossas experiências passadas poderá ser utilizado para a solução de problemas novos, o que vez ou outra pode não ser verdade.

Então parece que  a atitude mais indicada para nós aprendizes nesta escola da vida é  a de viver de braços abertos para o fluxo da vida, de manter o olhar atento e a mente silenciosa, uma mente esponja, que absorve sem se preocupar em apressadamente fazer juízo de valor, em classificar o que surge diante dos nossos olhos, de buscar fazer as perguntas certas, sem recorrer ao vício de encaixar respostas que já temos aos questionamentos que os fatos nos colocam.

Namastê
Abraços
Bruno

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